sábado, 26 de abril de 2008

Teixeirinha...


No dia da Liberdade, foi a sepultar um dos mais notáveis lutadores anti-fascistas da Covilhã.
Augusto Lopes Teixeira foi o primeiro Presidente da Câmara da Covilhã democraticamente eleito. No seu exercício deixou marcas na Covilhã, tendo dado os primeiros passos no desenvolvimento do poder local democrático deste concelho. A implementação e desenvolvimento de redes de saneamento, electricidade e transportes foram marcos dos seus oito anos à frente dos destinos da Câmara Municipal da Covilhã.


A Assembleia Municipal de 24 de Abril prestou-lhe um voto de pesar, e os concertos comemorativos do 25 de Abril foram suspensos.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

O dia



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Uma vénia a todos os que permitiram uma sociedade livre e democrática.

Grândola Vila Morena

34 Anos depois.... impressionante

25 de Abril Sempre!!

Hoje é um dia especial.
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Hoje comemora-se um facto que para muitos de nós é vulgo e banal: a democracia. O sistema político que nos fez evoluir para uma sociedade moderna e participativa teve a sua origem numa revolução, que eu classificaria, como sendo a mais romântica e bonita que pode haver na história universal.
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Foi a revolução em que os cravos substituiram as balas. Graças a este momento da nossa história, sabemos que hoje quando escrevemos neste blogue ou lemos um artigo de um jornal não há uma mão da censura que "filtra" aquilo que lemos.
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Vivemos numa época em que os jovens sabem que podem encarar o seu futuro de uma forma participativa na sociedade, ajudando o todo nacional num caminho de desenvolvimento. Em 1974 um jovem da minha idade, e finalista, sabia que em vez do estágio profissional estava uma campanha em África, e para quem pudesse, o exilamento político.
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Sou de uma geração que nasceu depois do 25 de Abril de 1974. Este facto faz com que no geral, a minha geração entenda de uma forma banal as modificações introduzidas na nossa sociedade por esta efeméride. Afinal, sociedades do Estado Novo já só existem em países que nos estão tão longe que nem temos consciência que já tivemos esta experiência em Portugal. A consciencialização desta data deve passar por um lado por relembrar o totalitarismo e opressão próprios do Estado Novo, mas também através do exercício diário dos valores de Abril junto dos nossos amigos, familiares, e conhecidos, ou seja, exercer o pleno direito democrático com respeito por quem difere de nós na sua opinião.
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Hoje, estive a comemorar Abril. Para além da habitual Grândola, a JS distribuiu cravos em diversos pontos do distrito de Castelo Branco. O feedback foi extremamente positivo da maior parte das forças partidárias, o que vem demonstrar que as tentativas de saneamento histórico desta data, são acima de tudo intenções às quais temos de estar alerta.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

O Dilema do Emprego

Temos sido confrontados com o encerramento de multinacionais pelo país fora. A cada encerramento surgem os números alarmantes: centenas de despedimentos, milhares de pessoas indirectamente afectadas, problema sociais drásticos nas zonas afectadas e famílias destroçadas. Para um residente da Covilhã, este panorama não é muito estranho. A única diferença mesmo, é que as centenas de unidades fabris da cidade serrana eram de capitais da região e portanto o seu encerramento não sofreu do mal das deslocalizações que motivam os encerramentos da actualidade.
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No entanto, todos estes encerramentos têm algo em comum: a aposta no baixo custo da mão-de-obra e nas reduzidas qualificações. A aposta em grandes investimentos que alavanquem o desenvolvimento deve ser primordialmente feito com base em mão-de-obra qualificada que só por si permitirá criar clusters que respondam aos desafios do mercado tecnológico global e de uma economia predominantemente instável. Entre uma multinacional que crie 400 postos de trabalho com mão-de-obra intensiva sem qualificação, e uma unidade tecnológica que permita criar 100 postos de trabalho qualificados, prefiro sem dúvida a segunda. Infelizmente, a segunda opção só demonstrará ser mais válida a médio prazo, enquanto que a primeira criará num curto prazo um maior impacto e maiores benefícios eleitorais. São estes os dilemas do emprego que os políticos no geral, e os autarcas em concreto deverão ponderar.